POSTAGENS RECENTES NO BLOG

Amadora, metida a poeta. Não me levem muito a sério...rss!

PONDERAÇÕES



NATAL

Nasce um Deus. Outros morrem. A verdade
Nem veio nem se foi: o Erro mudou.
Temos agora uma outra Eternidade,
E era sempre melhor o que passou.
Cega, a Ciência a inútil gleba lavra.
Louca, a Fé vive o sonho do seu culto.
Um novo Deus é só uma palavra.
Não procures nem creias: tudo é oculto.
– Fernando Pessoa, em ‘Poesias’




*Natal dos Covardes*
Escrito por Marcelo Freixo.


O que diriam os pregadores da intolerância, os obreiros do justiçamento, os apóstolos do olho por olho dente por dente sobre um homem que manifestou seu amor por um ladrão condenado e lhe prometeu o paraíso? Brandiriam o velho sermonário: bandido bom é bandido morto?

Hoje, quase todos os brasileiros, inclusive os cônscios moralistas da violência que amarram adolescentes em postes para linchá-los, se reunirão com suas famílias para celebrar mais uma vez o nascimento desse homem.

Sujeito, aliás, que respondeu à provocação: está com pena? Então, leva para casa! Pois, é. Jesus Cristo prometeu levar o ladrão para casa. "Em verdade te digo que hoje estarás comigo no Paraíso", diz o evangelho de Lucas.

Jesus optou pelos oprimidos e renegados, pelos miseráveis, leprosos, prostitutas, bandidos. Solidarizou-se com o refugo da sociedade em que viveu, contestou a ordem que os excluiu.

O Cristo bíblico foi um dos primeiros e mais inspiradores defensores dos direitos humanos e morreu por isso. Foi perseguido, supliciado e executado pelo Império Romano para servir de exemplo.

Assim como servem de exemplo os jovens que são espancados e crucificados em postes, na ilusão de que a violência se resolve com violência. Conhecemos a mensagem cristã, mas preferimos a prática romana. Somos os algozes.

Questiono-me sobre o que seria dele em nossa Jerusalém de justiceiros. Não sei se sobreviveria. É perigoso defender a tolerância, o amor ao próximo e o perdão quando o ódio é tão banal. Como escreveu Guimarães Rosa: "quando vier, que venha armado".

Não é difícil imaginar por onde ele andaria. Sem dúvida, não estaria com os fariseus que conclamam a violência e fazem negócios, inclusive políticos, em seu nome.

Caminharia pelos presídios, centros de amnésia da nossa desumanidade, onde entulhamos aqueles que descartamos e queremos esquecer, os leprosos do século 21. Impediria que homossexuais fossem apedrejados, mulheres violentadas e jovens negros linchados em praça pública. Estaria com os favelados, sertanejos, sem tetos e sem terras.

Por ironia, no próximo Natal, aqueles que defendem a redução da maioridade penal, pregam o endurecimento do sistema prisional, sonham com a pena de morte e fingem não ver os crimes praticados pelo Estado contra os pobres receberão um condenado em suas casas.

Diante da mesa farta, espero que as ideias e a história desse homem sirvam, pelo menos, como uma provocação à reflexão. Paulo Freire dizia que amar é um ato de coragem. Deixemos então o ódio para os covardes.

Feliz Natal.

Marcelo Freixo é historiador e deputado estadual (PSOL-RJ). Texto publicado na “Folha de S.Paulo” em 25 de dezembro de 2015. Mas, continua atual.
…a graça do Senhor Jesus seja com todos!
Apocalipse 22 : 21


COMO VAI ESSE CORAÇÃO?


O primeiro passo
Não fui eu quem deu
O segundo
Foi o poema que escreveu
Pra mim

Eu não disse não
Mas também não disse que sim
Você disse que não
Quando quis dizer "amém"
Meu coração desenganado
Ficou assim, assim..
Pulsa descompassado agora

O tempo, amor, é traiçoeiro
Anda minando  e desbotando
Corroendo feito traça
A trama dos nossos lençóis
E o que ainda resta de nós

Vida, minha vida
Minha vida querida
Por que é que tem que ser desse jeito?
São tantos contras
Pra tão poucos prós !
Sandra May



Fonte de pesquisa da imagem: Internet








QUÍMICA



O que é o beijo
Se não inebriante desejo
De fundir-se a um outro alguém
Em brasa ardente
Ou fogo consumidor?

O que faz do beijo
Inebriante regozijo
Do entrelaçar de línguas
Lábios e saliva
Ser apenas um caminho
Que dispensa qualquer sinalização
Estrada sem placa, atalhos sem razão?
Sandra May
17/11/2014


FEITIÇEIRA





Abre tua janela agora e vê
No céu ela passeia
Tendo como pano de fundo
Um manto azul bordado de estrelas
Passeia no céu a lua cheia

Sedutora das altas noites
De costas pro sol e indiferente
Fulgura a feiticeira

Pra ela uivam os lobos
Caem em êxtase os amantes
Sob a magia de uma lua inteira.

Sandra May

Antes de sair deixe seu comentário, crítica ou sugestão. Você me ajuda a construir este blog, obrigada!

Se você também é apaixonada (o) pela lua como eu sou poderá se encantar com:

LUNÁTICA OU QUEIJO LUNAR

CIO DA TERRA

ENLUARADa

O LADO ESCURO DA LUA

MARIA MARIA


CHICO BUARQUE, ESSA TENUIDADE...


Imagem: Pixabay
O beijo - Gustav Klint


TATUAGEM 
Chico Buarque

Quero ficar no teu corpo Feito tatuagem Que é pra te dar coragem Pra seguir viagem Quando a noite vem E também pra me perpetuar Em tua escrava Que você pega, esfrega Nega, mas não lava Quero brincar no teu corpo Feito bailarina Que logo se alucina Salta e te ilumina Quando a noite vem E nos músculos exaustos Do teu braço Repousar frouxa, murcha, farta, Morta de cansaço Quero pesar feito cruz Nas tuas costas Que te retalha em postas Mas no fundo gostas Quando a noite vem Quero ser a cicatriz Risonha e corrosiva Marcada a frio Ferro e fogo Em carne viva Corações de mãe, arpões Sereias e serpentes Que te rabiscam O corpo todo Mas não sentes

UM DIA PARA REFLETIR E 364 IGNORADOS

O Dia da Consciência Negra é comemorado no Brasil no dia 20 de novembro 

Imagem relacionada





Victoria Eugenia Santa Cruz Gamarra (La Victoria, 27 de outubro de 1922 — Lima, 30 de agosto de 2014) foi uma poeta, coreógrafa, folclorista, estilista e ativista afro-peruana. Junto com seu irmão, Nicomedes Santa Cruz, ela é considerada significativa em um renascimento da cultura afro-peruana nos anos 1960 e 1970.


Hoje, deputado do PSL quebra peça de exposição sobre Consciência Negra, na Câmara. Saiba tudo sobre esse vandalismo AQUI.






VIA ESPESSA

"Da carne de mulheres, querem nascer os homens. 
E o poeta preexiste, entre a luz e o sem-nome."


Danae - Gustav Klint

I
De cigarras e pedras, querem nascer palavras.
Mas o poeta mora
A sós num corredor de luas, uma casa de águas.
De mapas-múndi, de atalhos, querem nascer viagens. 
Mas o poeta habita
O campo de estalagens da loucura.
Da carne de mulheres, querem nascer os homens. 
E o poeta preexiste, entre a luz e o sem-nome.

Hilda Hilst

PARABÉNS PRA MIM

Foi assim que tudo começou, no dia do meu aniversário...
Esta foi a primeira e tímida postagem em Letras Que Se Movem, me apresentando.


Artesã, mulher apaixonada pela vida e por espelhos, que se descobre a cada dia, faça chuva ou faça sol! Feliz, embora derrame vez ou outra, umas poucas tantas...lágrimas.
Sandra May

21 de outubro de 2011


mulher no espelho


...e a paixão pela poesia sempre aumentando

ATÉ BREVE


Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu.

Eclesiastes 3:1





O QUE TEMOS PRA COMEMORAR HOJE?



Duas coisas são infinitas: o universo e a estupidez humana. Mas, em relação ao universo, ainda não tenho certeza absoluta.
Albert Einstein Die Philosophin - Volume 7,Edição 13 -Volume 8,Edição 16 - Página 60, Edition Diskord, 1996.
Fonte: Pensador



BOLSONARO: SEU EU CHEGAR LÁ, NÃO TERÁ UM CENTÍMETRO DEMARCADO PRA RESERVA INDÍGENA...

As fotos de animais carbonizados e incêndios na Amazônia são

BRUNO KELLY / REUTERS

Um trecho da floresta amazônica queimada e desmatada em Novo Airão, Amazonas, Brasil, no dia 21 de agosto de 2019. 

E fascismo que se fala, né?






ASSIM FALOU DARCY RIBEIRO




"Fracassei em tudo o que tentei na vida.
Tentei alfabetizar as crianças brasileiras, não consegui.
Tentei salvar os índios, não consegui.
Tentei fazer uma universidade séria e fracassei.
Tentei fazer o Brasil desenvolver autonomamente e fracassei.
Mas os fracassos são minhas vitórias.
Eu detestaria estar no lugar de quem me venceu."





Paz




Viajante sem rota
sem mapa ou rumo
às vezes sou chegada
outras vezes sumo
se me perco ou desoriento
despreocupada me envolvo com o vento 
e poemo !

Sandra May / 2015





MADEIRA DE LEI VIVER

Imagem:Pixabay

Bem mais que no mundo
De tudo fujo, todo sujo de esperança
Branca lembrança da espera criança
Na ânsia do Viver

Sempre no refúgio
Do sorriso mais puro, ou num urro
No berro do serrote a comer
Madeira de Lei viver

O machado (sofrer) faz o talho
Retirando o orvalho da certeza crer
Que não basta nascer, crescer, morrer
É preciso sonhar o viver

Bem mais fundo
Que o poço sem fundo da solidão
Da profundidade do amar
Venho buscar-te, ó vida querida
Já és quase passado
Quase coisa esquecida

Traz-me a paz
Peneira que encobre a guerra
Mostra-me a luz
Que dissipa as incertezas da noite
Traga-me o amor, fantasia, enredo
Folclore de nossas vidas

Deixa-me vida, viajar
Na estrela rara e vulgar
Da vã consciência
Mas, buscando o meu "eu"
E o porquê de ser centelha
Da luz maior que é Deus.
Walter Moreno (2012)






                                                                                                      
                                                                                                         


A DANÇA DOS OLHOS


Óleo sobre eucatex - Sandra May / 1989


A dança dos nossos olhos
é muito mais que beleza
é o contraste das luzes verdes
refletidas bem no fundo
nos castanhos olhos embaçados
pela emoção de estar contigo

a dança dos nossos olhos
é muito mais que encanto
é o surgimento das lágrimas
que formam o pranto, que desce no rosto
salgando os lábios, despertando desejos
mostrando sorrisos felizes.

A dança dos nossos olhos
substitui as palavras:
é o idioma do amor que dispensa a voz
que só entendemos nós

A dança dos nossos olhos
vem sempre antes e depois do abraço
é o caminho trilhado por nossos lábios
para ficarmos "sós" e janela para fora do mundo.

A dança dos nossos olhos
antecede um beijo profundo
é o nosso limite do mundo
fronteira com a felicidade de sermos nós.
Walter Moreno











ESPECIAL - A íntegra da entrevista de Lula ao DCM e à Tutameia - 05 de maio

Isto não é uma entrevista é uma aula de um mestre ensinando como governar um país
Li nos comentários 


Se o Brasil fosse um país onde a aplicação da lei não fizesse distinção esse Moro já estaria preso há muito tempo, lembram da divulgação de conversas da Presidente Dilma com Lula autorizada por ele?

QUANDO AS AVES VOAM


Quando as aves voam
Imigrando ao infinito
Eu me vejo tão perdido
Que agregado as sigo em vão...

Quando as aves voam
Vou aos poucos percebendo
Que mesmo essas hábeis aves
Se cansam ao voar contra o vento

Quando as aves voam
Batem-me as asas da esperança
De volver quem sabe um dia
Onde a consciência deixou a criança...

Quando as aves voam
E no firmamento pontos vão tingindo
Estreitam o horizonte aos meus olhos
Que as estavam perseguindo.

Mas eu também posso voar
Quando dou asas aos sentidos
E assim posso ver tantos horizontes
Quanto tenho perdido...
Valter Moreno

HELENA

Escrevi este poema no dia 11 de maio de 2012.  Era  o dia das mães...
O título original é MÃE.

Imagem gratuita  Pixabay

De tantos dias esperando
Incansavelmente não perdeu a fé
De chegar não se sabe onde
De encontrar-se com  não se sabe quem
Assim os dias foram passando
Moídos com mãos pacientes
Desfiados um a um

E tantos tempos foram passados
Que sua pele enrugou-se em vincos
Como sulcos de terra seca
Como verniz velho, craquelado
Como das árvores muito velhas
As velhíssimas árvores avós

E os sonhos?
Ah, os sonhos!
Aqueles se mantiveram intactos 
Havia bebido da fonte da juventude
Porque ela conhecia O segredo

Das lembranças ?
Guardava as bandeiras brancas 
Tremulantes em varais ao vento
Roupas enxaguadas em águas de anil
Coisas do passado

E dos dias de luta restou a paz
Da certeza do papel cumprido
Dos travesseiros livre dos espinhos
Dos lençóis de algodão macios

Assim dormiu
Deixando meu coração tão vulnerável e oco
Assim dormiu
Em começo de noite
Deixando minha vida em total eclipse
Congelado momento
Assim dormiu minha mãe
Assim dormiu a minha Mãe.

É sempre uma dor imensa 
A falta que me faz
E a tua lembrança, mãe!
Sandra May

Recomendo visitarem o blog A Mulher e a Poesia, da escritora portuguesa, Elvira Carvalho, que publicou este meu poema no seu espaço em homenagem ao dia das mães.
Gratidão, Elvira!

SUBTERRÂNEOS

Boa noite, meus amigos!



Embaixo desse asfalto
dos saltos e seus altos e baixos
sob esta grama
sob nossos pés e o rolar das bolas
nos campos de futebol
abaixo desse andar térreo
também conhecido por underground
ratos fazem a festa
e a gente nem se dá conta.

Nos subterrâneos
nossos fétidos feitos
e nossos dejetos
formam um mundo a parte,
de quem partiu cedo ou tarde
sem luz nem sombras
sem cruz nem espada.

...e os ratos que não roem mais as roupas do rei de Roma
aninham-se nas roupas dos cadáveres
devorando suas carnes.

Enquanto isso, uma flor delicada rompe o duro asfalto..
Sandra May












DEPOIMENTO DE UMA ROCHA


Imagens gratuitas: Pixabay

Em 08 de dezembro de 2011, dois meses após ter criado este blog, eu escrevi o  texto a seguir.

incisiva e crua
tenho um espinho na carne
e  um punhal cravado no peito
noites de pouco sono e dias verdes
feitos de reflexões costuradas
passos cuidadosos e quase débeis
captando o pulsar da terra
pão sobre a mesa / erva no chão

estremece o interior da terra

e o inferno não podendo conter-me,
explode
arremessada entre lavas incandescentes
escorro fogo

sopram ventos
desaguam tempestades torturantes
toda a existência sob flagelo
sou rocha
sobre mim edifiquem suas casas
construam seus pilares
me ponham por altares

posso ser polida

posso ser lascada
fendida, escorrerei as muitas águas
fonte, saciarei as muitas sedes
Triturada, areia
finíssimo pó, talco

pedra, dura pedra

pedra, lisa pedra
viajante solitária do grande universo
meteoro fui
por encontro alucinante
estrela cadente sou
(façam três pedidos)

quebrei vidraças, parti corações, venci gigantes

Golias jaz morto a meus pés
no entanto não lhe deceparei a cabeça
não exibirei troféu
chega de sangue

pedra, dura pedra

pedra, lisa pedra
faísco cristal
e super aquecida
me modelo diamante
comovendo women's corações

pedra, dura pedra

transformada e sempre pedra
pedra no meio do caminho
pedra que é o meu espinho
pedra no nosso caminho
pó de pedra disfarçada
punhal e espinho
seixo, entre as sombras descanso
no poço raso de um rio
Sandra May


"Tudo quanto tem fôlego louve ao Senhor. Louvai ao Senhor!"
Salmo 150


SILENCE

Nunca, em tempo algum, as Letras Se Moveram tanto como no presente século.


In the silence of the fading lights
When I give space to the nothing
I hear my heart says:
Pulse, pulse, pulse
pulse for you to survive.

No silencio das luzes apagadas
Quando dou espaço ao nada
Eu ouço meu coração dizer:
Pulso, pulso, pulso
Pulso pra você sobreviver.
Sandra May


Antes de sair deixe seu comentário, critica ou sugestão. Você me ajuda a construir este blog, obrigada!

O CORAÇÃO DO BRASIL

No dia 6 de maio de 2015 eu escrevi esse texto
Sem mais...



segundas ou quintas-feiras
todos os dias são iguais
amanhece, entardeço
anoitece, amanheço

todos os dias são iguais
se chover, brilho
à luz do sol, chovo
todas as noites são iguais

amanhecerá?
virá o renovo?

virá um outro dia
sem tanta esperança
quebrada está a aliança
no coração do Brasil...

todos os dias são iguais
se faz verão, esfrio
em noites frias, aqueço
todas as noites são iguais

reflito: Brasil,
qual o seu preço?
desconheço...
aturdida, adormeço
sem sonho
amanheço febril.
Sandra May/2015



CORAÇÕES FEMININOS

Em  8 de março de 2012 eu fiz esta postagem.

MENINAS NÃO SÃO BONECAS, CUIDADO!.

Hoje, dia internacional da mulher, impossível é não pensar naquelas flores que murcharam antes do desabrochar natural.
Por favor, mais amor...
Sandra May






Tenho vivido desde sempre a colar pedaços e cacos. Sou restauradora.
Esta bonequinha chegou até mim em mil pedaços e saiu quase perfeita... quase! Ela sempre será uma boneca quebrada, por mais que aparente não ser...
Sandra May


DELÍRIO TROPICAL

Em 13/06/15 eu escrevi este texto.
Obs: também tenho meus momentos  narcísicos,  hehehehe!

Quando em noite quente
Desabrocha uma lua cheia
Vem Netuno em delirante açoite

É quando me faço bela sereia
Senhora dos sete mares
Descansando distraída na areia.  
Sandra May - 2015
foto editada por Luca Almeida

PALAVRAS SIMPLES PRA PESSOAS SIMPLES ASSIM

Em 20 de agosto de 2015 eu escrevi este poema


Não me espere com calma
Tenho pressa
Não me queira em declínio
Estou em ascensão
Não me deseje estático
Sou movimento
Se me procura em calmaria
Encontrará forte ressaca
Jamais me espere na linha de chegada
Me encontro em todo ponto de partida

Lírico
Perigoso
Como podem ser os ventos
as escaladas
os precipícios

Posso ser o fim do túnel
A fonte após longa caminhada
O sol que dissipa a névoa
Posso ser tudo
Como não ser nada.

Dual
Secreto
Fiel
Os pratos da balança
O inferno
Ou o céu

Sandra May




    1. Bom dia, lindo poema em sintonia com a bela imagem, certamente que será a fonte que refresca e motiva.
      A sua Criatividade poética é imensa, cada poema partilhado é encantador.
      Continuação de feliz semana,
      AG
      ResponderExcluir


      1. Caro, Antonio. Fico sempre feliz ao receber a visita e comentários tão incentivadores dos meus amigos blogueiros.
        Forte abraço .

AQUI você encontra a postagem original


Chuva, chove sem parar!

Foi em 08 de setembro de 2015 que escrevi o texto abaixo. O contexto é outro mas a tristeza é a mesma...

Chove chuva
Aylan 1G 1 globo.comnda


Chove chuva!

Chuva, chove sem parar
Chove até cansar
Chove muitíssimas águas
Que lavem da terra
O vermelho do sangue
De todas as eras
De todas as guerras
De todo mal
Chove mais
Chove chuvinha
Chove no plural
Chove muito, muito mais.

Chuva, faz um dilúvio
Estou tão triste e cansada...
Chove paz!
Sandra May

Lágrimas são pouco, são nada como nada pode trazer de volta o que a maldade levou, mas elas caem incontroláveis, embora as saiba inúteis, provocadas pela impotência diante da bestialidade humana!
Só peço a Deus que, se ainda houver tempo, salve o Homem. Salve-o de si mesmo! Amém.

Não sei o que dizer. Se é que a algo a dizer. Sei apenas que senti muito. Refiro-me aos sentimentos provocados pela poesia. Beijos.



Pois que chova, se é que a
chuva lava a tristeza como
você quer e precisa, pelo
menos me deixou pensativo
quanto às suas necessida-
des como também são as mi-
nhas, Sandra.

Beijos, muitos.