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Amadora, metida a poeta. Não me levem muito a sério...rss!

O CORDEL GENTILEZA


Nas paredes ele marcou,
com sua letra sem igual,
sua mensagem ficou,
virou noticia de jornal.

Diz o dito popular
Que de médico e de louco
todo mundo traz um pouco,
Gentileza é um profeta,
Ou seria ele o louco?

Muita gente ouviu falar
Desse homem singular
Desde o Rio de Janeiro
Até o Brasil inteiro.

Em 11 de abril nasceu
 O notável Gentileza
E viveu sua infância
 Em meio a muita pobreza.

No campo levou a vida
José deixou-se crescer
Depois escolheu o Rio
Completando o seu viver
E se tornou maluquinho
No rio andando sozinho

Do Caju a Novo Rio
Deixando a terra natal
Ele passou a pregar
Pensamento genial.

Citando em verde amarelo
E pintando com destreza
Sempre diz que "gentileza
 gera sempre gentileza"
criticando o nosso mundo
pela sua avareza.

Ele chamava a atenção
 Com sua barba branquinha
Também branca era sua túnica
era o cuidado que tinha.

Parecia mesmo um santo
Carregando o seu cajado
Pensavam em se tratar
De um ser iluminado.

Ou seria de um velho
Que durante o caminhar
Parecia sem juízo
Um louco só a gritar?

Profetizava palavras 
Umas boas, outras duras
Talvez no seu coração 
Trouxesse muita amargura.
Como saber de verdade
Se aquilo era só loucura?

Mas vejam o seu destino:
Tal qual um grande artista
Sua fama mesmo só veio
Quando ele sumiu de vista.

Foi quando o nobre profeta
Nosso profeta das ruas
irou grife e estampa
Na camisa de turista.

Rejeitava o carnaval
As festas, a alegria
Talvez fossem as lembranças
Que no seu peito trazia
Que de maneira cruel
Seu coração endurecia.

No adeus a Gentileza
louvemos sua história
a história de um homem
ou quem sabe a de um santo
que talvez só precisasse  
de um pouco de acalanto.

Cada um via de um jeito
Aquele velho a gritar
Suas palavras repetidas
Chegando a esbravejar.

Mas de uma coisa, amigos
todos nós temos certeza.
O profeta tem razão
Quando diz que "a gentileza
Gera sempre gentileza"!

E essa é a nossa conclusão:
Nisso estava a sua nobreza!


Autoras: 

 Aline Martins Cabrita Lemos
Ana Paula Marques Barreiros
Bruna Lorraine
Camila Brito Moreira
Rafaela F. Ennes

Realização: Associação Educacional de Niterói (AEN)

Obs: Caso a Associação realizadora discorde da postagem eu retirarei mediante comunicado.


O Profeta

Gentileza gera gentileza
Gentileza gera gentileza


Fonte: Wikipédia, a enciclopédia livre.
José Datrino, mais conhecido como Profeta gentileza (Cafelândia11 de abrilde 1917 – Mirandópolis29 de maio de 1996)1 , foi uma personalidade urbana carioca, espécie de pregador, que se tornou conhecido por fazer inscrições peculiares sob um viaduto situado na Avenida Brasil, na zona portuária do Rio de Janeiro, onde andava com uma túnica branca e longa barba.2
"Gentileza gera gentileza" é sua frase mais conhecida.


BOLERO DE RAVEL (Drummond)

A alma cativa e obcecada
enrola-se infinitamente...
As mãos não tocam jamais o aéreo objeto,
esquiva ondulação evanescente.
Os olhos, magnetizados, escutam
e no círculo ardente nossa vida para sempre está presa,
está presa...
Os tambores abafam a morte do Imperador.

Carlos Drummond de Andrade
do livro, Sentimentos do Mundo





       

ARCO - ÍRIS

Fotos autorais em um passeio na feira de Petrópolis
Sandra May/2013

Minha alegria pela manhã



é me encantar com as obras de Deus!
Sandra May

TUA VOZ


É em pleno silêncio
No estrondo do mar
Rugindo o trovão
Na canção de ninar...
Tua voz!!!
Sandra May

 

It's in the middle of silence
In the roar of the sea
Roaring thunder
In the lullaby...

Your Voice!
Sandra May



Bucólicas (Hilda Hilst)

O pássaro desenha
No seu voo estrangeiro
(Porque nada sabemos
De pássaros e voos
E do impulso alheio)
Um círculo de luz.
E retorna depois
Numa azul claridade
Seus píncaros azuis.

Bucólicas
Hilda Hilst

Ficheiro:Hyacinth Macaw - Nashville Zoo.jpg

BEIJO NA BOCA (Cacaso)

Poesia
Eu não te escrevo
Eu te
Vivo
E viva nós!

(Cacaso, Beijo na boca e outros poemas, 1985)

Escultura de Constantin Brancusi

Simplicidade

Fotografia autoral

ÁGUA EM VINHO

Reutilizando materiais descartáveis podemos além de poluir menos, criar objetos artesanais  incríveis!
Vamos de inspiração...


Bobina de linha e rolos de fita adesiva, de papel alumínio e outros


podem se transformar em vasinhos para arranjos com flores secas !


Bracelete de papelão forrado com sobras de tecido...lindo!


Essa pulseira foi trabalhada com filtro de café e ganhou fecho de imã. Uma colagem do Pão de Açúcar
fez a diferença e deu charme a peça.


Brinco feito de papelão com detalhes de pedrinhas e colagem, lindo!
Sandra May 

AMAR (CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE)


Porque Deus amou o mundo de tal ...João 3. 16

Que pode uma criatura senão,

entre criaturas, amar?
amar e esquecer, amar e malamar,
amar, desamar, amar?
sempre, e até de olhos vidrados, amar?
Que pode, pergunto, o ser amoroso,
sozinho, em rotação universal, senão
rodar também, e amar?
amar o que o mar traz à praia,
o que ele sepulta, e o que, na brisa marinha,
é sal, ou precisão de amor, ou simples ânsia?
Amar solenemente as palmas do deserto,
o que é entrega ou adoração expectante,
e amar o inóspito, o áspero,
um vaso sem flor, um chão de ferro,
e o peito inerte, e a rua vista em sonho,
e uma ave de rapina.
Este o nosso destino: amor sem conta,
distribuído pelas coisas pérfidas ou nulas,
doação ilimitada a uma completa ingratidão,
e na concha vazia do amor à procura medrosa,
paciente, de mais e mais amor.
Amar a nossa falta mesma de amor,
e na secura nossa, amar a água implícita,
e o beijo tácito, e a sede infinita.

(Carlos Drummond de Andrade)

O PESADELO DE ALICE