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Amadora, metida a poeta. Não me levem muito a sério...rss!

MADRUGADA

É no silêncio das luzes apagadas
Quando dou espaço pro nada
Que ouço meu coração dizer:
"Pulso, pulso, pulso
Pulso pra você sobreviver!"

Não desista, feche a porta
Feche as janelas
Desligue a TV
Não deixe entrar na sua casa
Os cadáveres dos degolados
Os homens mal intencionados
As luxuriosas aparências

Vida, se constrói do nada
Do pó surge e ao pó retorna
Mantenha a casa bem fechada
Entrega ao bom anjo o sono
Repousa, mulher, é madrugada.
Sandra May







ACOLHIMENTO


Faz de conta que deu certo
E soma
Não suma
Faz de conta que a minha mão
Está unida à tua

Arruma
Dá um jeito
Faz um laço
Me acolhe em teu peito
Manda um pedaço de bolo
Uma bala
E inteiro, o abraço
Sem fragmentos ou pontas
De bem aparadas arestas
Um colorido metal
Opala.
Sandra May


Pesquisa de imagem: freepik
textura laço vermelho Foto gratuita

Quando


                                                                                                                            
O desejo de ir em direção ao outro, de se comunicar com ele, ajudá-lo de forma eficiente, faz nascer em nós uma imensa energia e uma grande alegria, sem nenhuma sensação de cansaço.

Dalai Lama

O QUE O TEMPO LEVA?

O tempo leva?
O que leva o tempo?

"O que o tempo leva
Não tem permanência
É fugaz

O  que o tempo leva
Não tem consistência
Fácil se desfaz

O que o tempo leva
É desnecessário
Leve demais

O que o tempo leva
Possui raízes rasas
Superficiais

O que o tempo leva
Não deixa saudades,
Jaz."
Sandra May / 2015








ENSANGUENTADO

I
O sangue corre
O sangue escorre
O sangue pulsa
Menstrua a moça
Quando o óvulo morre
II
Quando a policia invade
Sem dó nem piedade
Sangue faz poça
Sem segurança
Criança morre.
Sandra May/2015


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ANTES SÓ

Desculpe mas achei o meu caminho
Daqui pra frente seguirei sozinho
Eu vivo desse jeito temerário
Há muito que me sinto solitário

Totalmente sem rumo, sem roteiro
Não quero passar mais um ano inteiro
Sujeito a sentimentos conflitantes
Preso nessa rotina massacrante

Que destrói e muito me machuca
Que me dá uma pressão aqui, na nuca
Aperta meu coração e paralisa
Toda vez que você pisa

Limpando os pés na minha dignidade
Há muito já passei dá idade
E nem sei quanto tempo me resta
Mas, já que me chamaram pra festa

Quero dar vazão à alegria
Mandar pro inferno sua tirania
Mudar até mesmo o velho ditado
"Antes só do que envergonhado."

Antonio Cesar Silva