O título original é MÃE.
Imagem gratuita Pixabay
De tantos dias esperando
Incansavelmente não perdeu a fé
De chegar não se sabe onde
De encontrar-se com não se sabe quem
Assim os dias foram passando
Moídos com mãos pacientes
Desfiados um a um
E tantos tempos foram passados
Que sua pele enrugou-se em vincos
Como sulcos de terra seca
Como verniz velho, craquelado
Como das árvores muito velhas
As velhíssimas árvores avós
E os sonhos?
Ah, os sonhos!
Aqueles se mantiveram intactos
Havia bebido da fonte da juventude
Porque ela conhecia O segredo
Das lembranças ?
Guardava as bandeiras brancas
Tremulantes em varais ao vento
Roupas enxaguadas em águas de anil
Coisas do passado
E dos dias de luta restou a paz
Da certeza do papel cumprido
Dos travesseiros livre dos espinhos
Dos lençóis de algodão macios
Assim dormiu
Deixando meu coração tão vulnerável e oco
Assim dormiu
Em começo de noite
Deixando minha vida em total eclipse
Congelado momento
Assim dormiu minha mãe
Assim dormiu a minha Mãe.
É sempre uma dor imensa
A falta que me faz
E a tua lembrança, mãe!
Sandra May
Recomendo visitarem o blog A Mulher e a Poesia, da escritora portuguesa, Elvira Carvalho, que publicou este meu poema no seu espaço em homenagem ao dia das mães.
Gratidão, Elvira!
Sandra May
Recomendo visitarem o blog A Mulher e a Poesia, da escritora portuguesa, Elvira Carvalho, que publicou este meu poema no seu espaço em homenagem ao dia das mães.
Gratidão, Elvira!
Olá, Sandra!
ResponderExcluirEste seu belo poema me comoveu muito.
Me fez sentir ainda mais falta do abraço da minha mãe, de escutar a sua voz, do seu mimo (mesmo) contido. Não é fácil viver com tamanha saudade. Agarremo-nos à lembrança.
Beijo.
Obrigada pela manifestação solidária, Teresa. Sim, agarremo-nos à lembrança, que é uma forma de gratidão a elas, nossas mães ausentes.
ExcluirUm abraço!
Linda e tão comovente... Arrepiei aqui. Ainda tenho minha mãe fisicamente, mas nem sempre está presente quando a visitamos... beijos, lindo feriado,chica
ResponderExcluirObrigada, chica!
ExcluirEntendo... o corpo está presente, mas a mente nem sempre.
Um abraço na sua mãezinha por mim, amiga!
sinta-se abraçada.
Bela memória do que faz uma mãe especial
ResponderExcluirSim, Norte. Eu tive o privilégio de nascer de uma mãe especial. sou grata à vida!
ExcluirUm abraço, Toño .
Boa tarde de paz, querida amiga May!
ResponderExcluirEntendo como se sente. Quando se perde a quem se ama, é uma dor indescritível.
O ritmo que deu aos versos foi nos colocando na sua emoção de poeta. Lindo apesar do tema causar a dilacerante dor da saudade.
Tenha dias felizes!
Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem
A saudade é eterna, Roselia! Devo a ela, minha mãe, o gosto pela poesia. Ela declamava poemas para mim, especialmente os de Casimiro de Abreu e Castro Alves...quanta saudade!
ExcluirUm abraço e muito obrigada pela atenção e carinho.
Bjs
Oi, querida MAY!
ResponderExcluirE depois diga que eu sei escrever mto bem-rs. E você? pouquinho, né?
Excelente poema dedicado ao Dia das Mães, que deve ser aí no 2º domingo desse mês. Aqui, é no próximo.
Helena, sua amada mãe, deve estar orgulhosa da filha sensível e carinhosa, que teve e tem. Ela não esqueceu a senhora, aliás, nunca a esquecerá. Mãe ela já é e talvez assim tenha compreendido melhor o que é amor de mãe.
A vida não lhe foi fácil, mas a senhora soube esperar por dias melhores e deles sobraram lembranças bonitas, tenho certeza.
Sandrinha honra sua passagem na terra e lhe dedica poemas, como esse.
SEJAM MUITO FELIZES!
Sandra, obrigada por esse momento tão intimista e saudoso.
Beijos e bom final de semana, que já se vem aproximando.
Querida, Céu!
ExcluirNem tenho palavras agora...porque estou chorando.
Senti todo o seu carinho, obrigada pelo conforto.
Um beijo no coração.
Lindo amiga. Será que me daria permissão para o usar no http://amulhereapoesia.blogspot.com/ ? Aproxima-se o dia da Mãe que por cá é no próximo domingo.
ResponderExcluirAbraço
Boa noite, Elvira.
ExcluirSerá uma honra para mim, use-o como quiseres.
Obrigada, minha querida.
Uma ótima sexta-feira para você.
Um abraço.
Oi querida,
ResponderExcluirOs meus comentários estão abertos.
Uma linda e triste poesia
Entra no meu email, no blog tem o formulário.
A vida é cruel
Beijos
Lua Singular
Estou indo lá, Dorli!
ExcluirObrigada pelo convite.
Bjs
Mesmo que tenham passado muitos anos, a mãe faz sempre falta.
ResponderExcluirO poema é magnífico, gostei mesmo muito. Parabéns pela sua inspiração e talento poéticos.
Sandra, bom fim de semana.
Beijo.
Obrigada, Jaime!
ExcluirTambém admiro-o como poeta que és.
Um forte abraço.
Minha querida.
ResponderExcluirEu estive aqui, comentei e devo ter deletado em vez de publicar.
Usei as palavras do Poeta, por me parecerem as melhores...
«Mãe não tem limite
É tempo sem hora
Luz que não apaga...»
Onde estiver a tua mãe deve estar muito orgulhosa de ti.
Belíssimo poema, menina amorosa.
Tem um domingo muito sereno e bom.
O meu terno abraço.
~~~~
Carinhosamente, eu agradeço a você, Majo, pelas palavras.
ExcluirTenha um dia feliz e abençoado, sendo você mãe ou não.
Beijos!
Peço perdão pelo uso da 2ª pessoa do singular.
ExcluirEm Portugal só e usa entre amigos quando há intimidade e afinidade.
Exprime sempre carinho.
Dias de paz e contentamento.
Abraço
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Majo, minha doce amiga!
ExcluirNão há porque pedir desculpas pelo tratamento na segunda pessoa... não sabia o que representava...fiquei ainda mais feliz ao descobrir que significa carinho.
Sr me permite, passarei a me referir a vc sempre na segunda pessoa.
Um lindo dia de segunda-feira.
Beijos brasileiros .
Que poema mais lindo, Sandra!!
ResponderExcluirSó conheço o lado paterno da falta e por ele já me solidarizo com você...
Meninas viram bandeiras brancas ao vento nos varais...
Você se lembra, então ela ainda existe, isso é um conforto sem tamanho...
Choro de emoção por você, por mim, por todos que lembram com afeto de alguém que já se foi...
Sinta-se abraçada, amiga querida.
Olá, Dalva!
ExcluirComo você está, amiga?
Espero que bem.
Minha mãe partiu muito cedo, aos 68 anos. Nunca me recuperei...
Obrigada pelas palavras tão carinhosas e solidárias.
Bjs!
Olá Sandra
ResponderExcluirA morte dói a alma de quem fica e se for uma mãe, dói eternamente.
Muito linda poesia
Eu nem isso consegui sentir
Explico no email amanhã
Beijos
Olá, Dorli.
ExcluirObrigada pela visita.
Vou olhar os e mails e responder. Tenho estado bem ausente...mas tô ligada nos amigos.
Beijos e fica bem. 😘
Mãe, palavra que não cansa,
ResponderExcluirPoetisa Sandra May!
Palavra que não me sai
Desde o tempo de criança
E hoje vem-me à lembrança
Feito amor porque me cai
Na alma, pois mãe e pai
A mim, é suprema herança
Anímica como se um sonho
Fosse eterno e o suponho
Divinal por ser tão terno.
Enquanto dura o risonho
Sonho divino, eu o ponho
Na lembrança, como eterno!
Grande abraço! Laerte.
Versos lindos, amigo Laerte. Obrigada pelo carinho da visita.
ExcluirTenha uma excelente continuação de semana.
Abraços pra você também.
Oi Sandra,
ResponderExcluirA minha vista está embaçada, estou colocando colírio melhoro um pouquinho, mas precisa de descanso e é a vista que enxergo,pois a outra deu trombose na retina( essa não tem cura, já fui nos melhores especialistas e, nada)
Beijos
Lua Singular
Desejo que se recupere em breve e dê boas notícias. Cuide-se bem, Dorli!
ExcluirBjs.
Reli.
ResponderExcluirMuito belo. Vou colocar nos favoritos.
Um fim de semana muito agradável e com mimos ternos e abundantes.
Abraço grande, querida Amiga.
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Minha muito querida, Majo!
ExcluirAceito e recebo os mimos ternos e abundantes, sou grata!
Tenha dias felizes, e que a pausa não seja longa.
Abraços fraternos.
Muito lindo Sandra.
ResponderExcluirUma inspiração que recebe o sopro do Pai.
Sim li pela ELvira e releio aqui este seu momento encantado.
Abraços.
Deixa um nó na garganta...
ResponderExcluirLindo demais!!!
Obrigada pela visita e comentário, Ana!
ExcluirBj.