O que me consola
É pensar em Pasárgada
Vou me embora pra Pasárgada
Pois lá é o meu lugar
Quando o coração aperta
Aperta pra valer
E o nó na garganta
Não impede o rolar de uma lágrima
Ou de muitas águas
Não sei onde fica Pasárgada
Só sei que estou indo pra lá
O meu lugar, uma floresta densa, quase fechada
Só dá pra ver um pouco do céu
O suficiente
Nela tenho quase tudo que preciso
Mas às vezes sinto medo, muito medo
Reconheço minha solidão e penso em gritar por ajuda
Inútil
Ninguém me ouviria
Então deito na terra úmida e quente
Aspiro o cheiro do verde
E cravo meus olhos no azul
Estou conectada com a vida, viva a vida!
Agora acontece o que ninguém acredita
Sou Metamorfose
Meus braços se alongam em facas e foices
E mais uma vez abro caminhos
Onde parecia impossível.
Sandra May
2011
Foi refletindo no poema de Manoel Bandeira que escrevi esse poema.
Encontrei nesse site
http://pt.slideshare.net/SMBibliotecas/projeto-o-jogo-do-poema,várias paródias muito interessantes de poemas célebres. Estou postando o que se relaciona com o meu poema, mas, querendo conhecer os outros, é ir no site...muito bons!