Não oferece nada
Como a ninguém perdoa
A seca
Tal corte da enxada na terra
Água no deserto
Maldição que tudo consome
Deixando apenas rastros
Esqueletos quase esquecidos
Não fosse uma ou outra
Sombra no impiedoso deserto
Onde um corpo cansado clama
O que a fraqueza traduz
Breve mais um, outro um
Apenas mais um corpo
Será esqueleto quase esquecido
Morto de fome na estrada
Que não levou a lugar algum.
Impiedoso "homem"
Pobre, miserável e nu
O mais cruel das criaturas
Sou eu, somos nós, és tu!
Sandra May
Faz desaparecer a vida
Como trevas expostas à luzTal corte da enxada na terra
Água no deserto
Maldição que tudo consome
Deixando apenas rastros
Esqueletos quase esquecidos
Não fosse uma ou outra
Sombra no impiedoso deserto
Onde um corpo cansado clama
O que a fraqueza traduz
Breve mais um, outro um
Apenas mais um corpo
Será esqueleto quase esquecido
Morto de fome na estrada
Que não levou a lugar algum.
Impiedoso "homem"
Pobre, miserável e nu
O mais cruel das criaturas
Sou eu, somos nós, és tu!
Sandra May
Lindo poema !Mostra uma cruel realidade brasileira.Beijos
ResponderExcluirObrigada, Arlete.
ExcluirMuito bem elaborado poema, num tema real e recorrente, como é a seca nordestina e suas consequências.
ResponderExcluirMuito bom.
Uma realidade desde sempre, obrigada.
ExcluirQue força amiga! Força do início ao fim, retratando a realidade que se passa em nosso país. A seca destrói, corrói, mas a força do nordestino é admirável. bjs
ResponderExcluirNosso povo é tão sofrido...nação jovem ainda,formada com tanta desgraça!
Excluir