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ÁGUAS AMARGURADAS

quinta-feira, 16 de junho de 2016

Quem disse que um raio não cai duas vezes no mesmo lugar?



Num rio de águas profundas
Passeavam peixes
E brincando de esconder entre as pedras
Passeavam peixes de todas as espécies.

Peixes-boi, que nem peixes eram
Piranhas e Pirarucus
Peixes-palhaço, Barrigudinhos
Bicudas e Candirus.

Peixes de couro ou escamas
Lambaris, Dourados, Piabanhas
Pintados, Tilápias, Tucunarés
Sarapós, Tambaquis e Borboletas

Peixões e peixinhos
Brincaram nas águas de um rio
Que já não é tão profundo
Que já não é tão rio.

Não brincam mais os peixinhos...
Sandra



SANDRA,

estes rios já não merecem mais os peixes, só pneus velhos,sofás em desuso e água degradadas pela irresponsabilidade de mineradoras.

Os rios não merecem mais os peixes.

Um abração carioca.


14 comentários

  1. Valeu a republicação...Triste realidade e é uma pena!!! bjs praianos,chica

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  2. Boa tarde, querida amiga May!
    Recordando um post muito interessante pois dois rios foram feridos em tão pouco tempo, o Doce e o São Francisco ( em menor proporção por ser muito maior, claro!)...
    O que estamos vivendo é um crime bárbaro e os nossos lugarejos já não tem mais segurança e os rios não são mais rios como bem disse, amiga.
    Em meio às tristezas, vamos criando poesias e minimizando um pouco a dor nossa de cada dia.
    Felicidades e bênçãos para você!
    Bjm carinhoso e fraterno de paz e bem
    😘😘😘

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    1. Obrigada, Rosélia!
      Vamos sim, levando a vida do jeito que dá...
      Volte sempre e um abraço.

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  3. Que tristeza Sandra...Até sonhei essa noite, acordei aliviada por ser só um pesadelo, mas o alívio foi só um instante, fiquei imaginando que ainda poderiam haver vidas em meio a toda aquela lama devastadora, tanta gente aflita sem saber de seus queridos...
    Não é justo...Até quando vai se repetir?
    Seu poema retrata a singeleza da vida que só quer existir, seja peixes, matas, rios, mares, gente...
    Abraço.

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    1. Oi, Dalva!
      Com estas palavras você completou o texto. Isso mesmo: a vida é simples demais e só quer existir, mas...
      Abraços solidários.

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  4. A irracionalidade e irresponsabilidade do ser humano contamina todo o planeta, e acaba alterando a natureza.
    Abraço e uma boa semana

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    1. Obrigada por sua visita, Elvira!
      Espero que estejas melhor de saúde, hoje mesmo vou visitar seu blog e me atualizar.
      Abraços,
      Sandra

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  5. É uma realidade tristíssima, querida Amiga.
    Realmente a Terra está muito doente, mas ela é poderosa
    e dispõe de meios para arrasar esta humanidade tão negligente.
    Por ganância, destróiem a pureza do que levou eras a formar-se.
    Agora, alguns admiram os peixes em gaiolas, a que chamam oceanários,
    outros, só os admiram por meios audiovisuais...
    É importante denunciar e não calar...
    Abraço muito amigo.
    ~~~~
    🐠🐟 🐠🐟 🐠🐟 🐠🐟 🐠🐟 🐠🐟 🐠🐟 🐠🐟 🐠🐟 🐠🐟 🐠🐟

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    1. Olá, Majo!
      diante destas palavras tão sábias eu devo me calar e concordar.
      Obrigada por ter vindo e por comentar, ajuda muito...
      Um abraço afetuoso,
      Sandra

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  6. Oi, querida MAY!

    Não sei o que aconteceu por aí em relação aos rios, mas se está falando da barragem em Brumadinho, creio que é falta de responsabilidade humana e governamental e a natureza não perdoa nossas maldades. Sei, pelos órgãos de comunicação social, que há bem pouco tempo tinha sucedido algo parecido, mas em outra barragem, portanto, se o k estou escrevendo corresponder à verdade (eu não sou brasileira e posso estar fazendo confusão), os raios, as desgraças não sucedem duas vezes, exatamente, no mesmo lugar, mas acontece desgraça, sim e da grande.

    Beijos e haja responsabilidade desse ou dos governos anteriores. As pessoas tb têm de poupar a natureza e não vazar nos rios toda a espécie de porcaria e móvel velho, pke um dia terão uma resposta bem séria e grave.

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    1. É isso, Céu, é bem como você disse mesmo...
      Um beijo e obrigada pela visita.
      Aqui estamos tristes por tantas vidas destruídas, ceifadas pela ganância e pelo deus "capital"
      Um beijo

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  7. Boa noite Sandra!
    Que texto contextual oportuno diante minha indignação com todos estes processos , que não respeitam a natureza. Eu um filho da Vale na sua mais principiante exploração, que um dia chorei em ler Drummond com os vagões que levam parte de sua vida, que lamentei rever o Rio Doce enlameado e agora em curto espaço de tempo vejo meu Paraopeba agredido e condenado e temo se vão conseguir blindar o Velho Chico. Imagino os peixes mortos de sede em plena água.
    Haja tristeza amiga e sabemos o que vai acontecer com os desabrigados.
    Sem palavras.
    Meu abraço amiga e semana feliz para você.

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    1. Oi, Toninho!
      Obrigada por visitar o blog.
      Conheço o poema de Drummond, ele sabia que não podia dar em boa coisa...
      Lamento por você, por mim e por todos os filhos de Minas Gerais. Lamento pelos animais, pelas árvores e pelas águas. A natureza está sendo agredida violentamente em nome do "capitalismo", e nós, que nem Drummond somos, também sabemos no que isso, mais cedo ou mais tarde, vai dar!
      Um abraço e obrigada pela solidariedade.
      Sandra

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