Muito é o tempo que perdemos
E escasso o tempo disponível
Mas quando o que temos
Para preencher a existência
São paradoxos sem sentido,
E qualquer esgar de demência
Se confunde com o sorriso,
Vemos alguma coisa errada
desencontrada, fora do tom
É o que acontece quando o nada
é qualquer coisa, menos bom
fala mais alto o egoísmo
Falta um mínimo de compreensão
Chega-se às raias do heroísmo
Pra segurar tanta tensão
Como a tempestade de areia
que só forma uma grande duna,
tensão por mesquinharias
que levam a porra nenhuma.
Antonio Cesar da Silva
Rio, 11 de março de 2013
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